quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

érre cifrão

é sim um post clichê. e uma piadinha de bom gosto -brinco.
e as cifras demais, o episódio da conversa solo embaixo do chuveiro (se fosse poeira de estrelas ou tatuagem, mas aquela luz vermelha era difícil de sair), viraram elipse.
eu só quero dizer, dizer pouco e baixo, sabe? que apesar do meu jeito estabanado, ou sei lá o que, do meu jeito sem-jeito, que é o meu, às vezes me sinto assim com você. é que eu nunca vou desaprender a soprar bolinhas de sabão. e gosto do som dos seus passos na sala de cristais, tão digno quanto um elefante envergonhado.
só pra contar que na sua frente eu posso ser por um bom tempo (pra sempre me arrepia, fica pra outra vez), como alguém foi pro Vinicius, protegida, blasé, insolente, de arzinho meio superior, quase caricata. e transbordante de afeto, uma menina com uma flor.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

in

que só dizem sim. que não dizem, até que seja sim. assim. -sim como se fosse risco riscado que só toca um lado, A. dos braços estendidos ao longo do corpo, dos olhos cansados, do silêncio até que seja sim, até que seja assim: -mal me quer?
-sim.
quando eu te vi menina, uma dessas mulheres, quando eu te vi, menina, brincando de boneca, quando eu te vi colada com cola de cuspe numa cadeira de bar. e quando a boneca dançou em semi-paráfrase, como se fosse a única, e sacou e se jogou da sacada, quando a estátua de gelo do bar derramou uma gota, menina, eu tive vontade de pular pra fora de mim e te abraçar do avesso.

eu só queria que você me bebesse num gole só. e que dobrasse a dose pra ficar legal. e que se desdobrasse até que fosse over a dose e puuf game over. eu só queria que você me bebesse de uma vez, sem respirar.
mas você é beija-flor, menina, pra que mentir?

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

balance

Talvez tenha sido a solidariedade pelo medo do escuro dele, pelo pavor que ele carregava de se descobrir sozinho no meio da noite (que meio da noite é 'i' -iih), talvez tenha sido aquele fio invisível que é claro que continua ligando as pessoas depois do -parto. como se fosse cordão umbilical que mora duas quadras pra cima e pra baixo, talvez tenha sido quase crueldade egoísta mesmo. Só sei que ele nunca tinha ouvido um adeus mais bonito. De todas as coisas que viveram juntos a despedida foi sim a mais doce.

Ela nunca tinha sido tão cuidadosa, nem nas horas melhores. Teve o cuidado de diminuir o quarto, pra que ele não sentisse aquela vontade de ser acolhido pelas paredes quando fosse hora de abraço. lavou toda louça em silêncio como ele gostava que fosse e guardou na cristaleira deixando a chave exposta, pra espantar os curiosos. levou os olhos dela junto com o escuro do mundo, pra que ele pudesse encontrar sem vigia um outro querer. deixou açúcar e afeto pra uma vida inteira na dispensa por se acaso, -se precisar usa, se não precisar dispensa, amor.

Levou quantos espinhos conseguiu arrancar dele que era flor, é verdade que partiu tão leve, borboleta em pas-des-buré, que ele quase se perdeu entre a tristeza do abandono e a beleza do vôo, beleza do abandono e a tristeza do vôo, amor. Mas era tanta ternura que mesmo quando ela quis hesitar, ele sorriu, -borboleta, amor. não espantalho.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

do alto

Sentou na sacada trepando mesmo, como se fosse árvore.
entre o desequilíbrio e a rede de segurança, que é ali que mora o marasmo. entre a superfície de concreto trave extra-fina e a rede de insegurança, que lá que mora a pergunta.
Olhou os carros que passavam e as luzes dos postes que embora estáticas, dançavam mole nos vidros dos prédios.
Segundo ciclo vermelho-verde do semáforo mais próximo. acenderia um cigarro agora, se fumasse. derramaria uma lágrima ou outra, se chorasse.
Nó de veias e artérias, tambores, abelhas, seja lá o que fosse, que ia aumentando mais do que podia, mais do que tava escrito nas linhas daquelas mãos pequenas. o coração tem que ser do tamanho da mão fechada, disseram. daí que não cabia muita coisa ali, o alargador que ela engolira forçava as paredes, vomitaria sangue, se combinasse.
acontece que tinha estômago de touro, a vaca. digeriu.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Tá, segundo dia de bode e eu vim aqui desabafar.
coloquei um videozinho com piada sobre-entendida, pra disfarçar tudo, brincar de esconde com sorrisinho de silêncio, que é o que eu tento fazer melhor se não encontro trilha. trilha de trilha sonora mesmo, e trilha de andar com os pés no chão, trilha de trilho, de montanha russa, trilho de tigres e trigo, trigo de mundo moinho, é.
o videozinho não deu conta, não, sensação de calcinha branca de renda P, comprié?

eu gosto de brincar de pique-esconde, amor, desde sempre, desde muito antes que você viesse eu tinha essa mania de bater a cara de olhos fechados por cinqüenta segundos infinitos e solitários, cinqüenta por causa dos dois pinguinhos de cima, trema, de quando a gente (a gente eu e eu, amor, não tô te colocando aqui dentro sem pedir licença poética, não precisa arregalar os olhos) sente frio e medo, trema, imperativo de mãos, trema de trinta e seis relevés na ponta e descanso em plié. eu gosto de trema, quase tanto quanto de esconde-esconde. daí depois de bater a cara a gente vai procurar, eu aprendi a usar bolinhas de sabão: um, dois, três o amor naquele ali! pronto, saía do esconderijo, com vergonha, sendo sombra e só, ou sem-vergonha, correndo de mim em grand-jeté: um, dois, três salve o mundo. eu acho que tô velha pra brincar, amor. não essa velhice que te derrubou da cadeira agora, velha pra rimar com galho, sabe?
da última vez não parecia esconderijo, amor, eu sei que tava escuro, que só vi de relance também, que o amor é cego, amor, e não vê os sinais de despedida porque esqueceram de ensinar adeus em braile de linha de mão, adeus, aah Deus, diz que deu, diz que dá, e se Deus negar? porque eu não entendo a sua língua, amor, e entendo menos ainda a ausência dela quando é dia, olha maria, viu?
e eu quero escrever breguices de amor, sem querer, mando pra onde? esconderijo ou morada você, você? tem sinal, amor?
eu tenho aqui as blusas que você deixou, sei que preciso lavar e estender com prendedores azuis, fazendo dadaísmo de suspiro no varal pra você entender enquanto voasse por aí. eu não deixaria bilhete, nem te esperaria na janela, que esperança, trema e eu sou covarde e pequena. eu faria sua comida preferida sim amor. eu sairia a noite pra te encontrar, não enxergo cruzeiro do sul e não te enxergaria, que o amor é cego, amor e eu um gravador, não te enxergaria, mas a gente se esbarrava fácil, caminho estreito o nosso, amor. mas eu não saio porque se você voltasse, amor, imagina o desencontro e trema, agrava a dor. e não lavo suas blusas amor, ainda que fosse o sinal, não amor, olfato é fato.

brincadeira pra olhos

esconde-esconde, esconde-pega, esconde-pega-esconde

sábado, 8 de novembro de 2008

aos tantos

a danada, atacando de novo.
sabe aquela? que pensando bem eu não posso ter tido sempre, mas que quando bate parece tão definitiva, que eu penso que já nasci com ela e vou morrer com ela então.
uma coisa toda minha (e cada um com as suas coisas uée!) que me faz fazer umas voltas de pensamento, viajar por mares de monotonia quase forçada, sempre dantes navegados, sabendo que pra divagação assim não existe porto,ou cais. sabendo que o pensamento vai fazer aqueela tempestade dentro de mim com as coisas pensadas até essa tempestade virar o meu barquinho. e eu quase me afogar, experimentando, com ares de primeira vez, a emergência de sempre: cada uma das mil daqui de dentro gritando histéricas (ou silenciosas) com medo de tanta água, dos raios, dos meus tubarões internos, com medo do barquinho que virou.
enquanto eu olho, de olhos tranqüilos e passivamente, pra qualquer coisa, um passarinho no fio do poste, a mulher que passa. pensando com meu jeito urgente como é que eu vou evitar o afogamento dos meus mil pedaços, de uma tripulação inteira de mim: quem sabe a maré, as ondas, minha ilha deserta.
aí de repente o pedacinho mais esperto grita
- cheguei. e a margem é de vidro, de novo.
olharzinho envergonhado de quem é por natureza muito sem-vergonha. sorrisinho sem-graça. tomara que ninguém na rua tenha notado. quase me afoguei, de novo e outra vez, num copo d'água.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

aos treze.

Foi despertado certo dia por carícias que quase faziam cócegas. Era Laura o experimentando. Segurou firme entre os dedos macios e fez alguns traços, o abandonou logo em seguida.
Ele nunca mais dormira.
Viveu por dois meses entre espasmos e suspiros, sempre mudos.
Laura desenhava corações de vez em quando. E o apertava com as mãos pequenas num pressionar tão leve, cada digital dela a marcar o corpo dele, como se fosse ferro, fogo, um pedaço dele ficando pra trás a cada encontro de dedos, papel, palma. Vestígios, e só. Vestígios e ponto.
Tremeu estático quando Laura o beijou, o levou a boca sem aviso prévio, manteve-se assim por quase dez segundos de eternidade, o abandonou logo em seguida bêbado de arrepios em cima da mesa.
Acontece que um dia Laura acordou mais sorridente, começou a escrever declarações, desenhou corações e dentro do maior escreveu 'Ronaldo'.
Ele resolveu ir embora.
Naquela noite saiu do estojo sem fazer barulho, se jogou da escrivaninha e partiu.
Pra longe,
ou ao meio.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Clara

Ela tinha cabelos castanhos. ela tinha a altura média das crianças da idade. tinha um travesseiro velhinho sem o qual ficava difícil dormir. tinha um irmão maior, uma mãe, um pai e flores risonhas no jardim. tinha nove anos, e desde que assistira um certo filme muito triste sobre a guerra lá longe, um telejornal triste, um homem dormindo na calçada, passou a ter também além de todas as coisas um sentimento de mundo que custava a fazer silêncio na hora de dormir e que não adormecia.
Cansada dos males do mundo um dia, olhando o sorriso das flores no jardim, ela teve uma grande idéia. Juntaria quarenta e cinco garrafas vazias e mandaria canções de amor, problemas de matemática, piadinhas de bom gosto, qualquer coisa, aos quatro cantos do mundo, pra contar a quem respirava como ela que só por isso ela já sentia alguma coisa por eles, que não era pra eles se sentirem tão ilhados assim.
Mobilizou os colegas da escola para a arrecadação das garrafas, bateu nas casas vizinhas, foi às lanchonetes, sempre fazendo segredo sobre seu plano. Não queria que a tratassem com a ternura de abandono que merecem os beija-flores quando tentam com seu biquinho apagar um incêndio enorme na floresta.
Juntou trezentas e ointenta e uma garrafas. colocou mensagens dentro delas com o cuidado de quem borda um presente pro irmão que ainda não veio.
Jogou as garrafas no córrego mais próximo da sua casa o mais rápido que pôde, o céu escuro estava de fazer medo.
Nunca chovera tanto na cidade, o vento balançava os postes e seus fios como se fosse coreografia. Era tanta água, o córrego, entupido pelas trezentas e oitenta e uma garrafas cheias de carinho, transbordara. Agora arrastava os carros, entrava nas casas próximas sem pedir. desalojou pessoas, afogou um gatinho distraído.
E fim, como se houvesse.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

sobre um longo dia.

(...)
($%&%$#&$#!)
(aula.)

A música foi a grande decisão do homem
de abraçar o invisível. - Rita Apoena

durante o show da Mônica Salmaso foi abraço que aninharia o mundo inteirinho com todos os seus filhotes, de grande e bonito que foi. os compassos que ela soprou brincaram de ciranda com as borboletas do meu estômago. e eu saí assim, como se fosse possível compreender a vida num suspiro, como se desse pra apreender o mundo numa nota alongada.

e ainda descobri que 'Você, você' é um filho cantando pra mãe. achei graça e morri de ternura, poque 'Você, você'
enfim

{Que roupa você veste, que anéis? Por quem você se troca? Que bicho feroz são seus cabelos que à noite você solta? De que é que você brinca? Que horas você volta? Seu beijo nos meus olhos, seus pés que o chão sequer não tocam, a seda a roçar no quarto escuro e a réstia sob a porta. Onde é que você some? Que horas você volta? Quem é essa voz? Que assombração seu corpo carrega? Terá um capuz? Será o ladrão? Que horas você chega? Me sopre novamente as canções com que você me engana. Que blusa você, com o seu cheiro deixou na minha cama? Você, quando não dorme quem é que você chama? Pra quem você tem olhos azuis e com as manhãs remoça? E à noite, pra quem você é uma luz debaixo da porta? No sonho de quem você vai e vem com os cabelos que você solta?Que horas, me diga que horas, me diga. Que horas você volta?} Você, você- Chico Buarque.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

desmedido

hoje antes de desabafar meu coração apertou um pouquinho.
será que é justo escrever sobre o que a gente sente?
eu adoro me confessar aqui, desabafar, tentar 'transformar tédio em melodia', soprar bolinhas de sabão mesmo, suspirar mudo quando tem vento demais.
nada contra soltar as palavras que eu guardo aqui dentro pra brincar no quintal, isso eu vou continuar fazendo sem culpa e noção do ridículo por muitos e muitos anos, já sei.
mas sabe, até isso que eu ia falar acho que quer ficar quietinho agora.
acho que contar dor é meio injusto com a própria dor, entende? às vezes ela nem quer ser toda enfeitada e floreada pra ser exibida aqui como se fosse bonita.
afinal o que é que me diferencia do picarelli, por exemplo? que 'explora a miséria humana' e coisa e tal? o que eu vim fazer aqui quando resolvi postar no blog, senão explorar misérias, e o pior, as minhas próprias?
hoje não vai dar não. hoje a danada se rebelou, não é bonita, não é instrutiva, não é lírica. é dorzinha e só.
e traz com ela um pudor todo deselegante
pra mostrar que mesmo que morra, quando morre a gente faz
um minuto de silêncio

(pra aprender a ser flor.)

domingo, 28 de setembro de 2008

toma meus olhos um pouco, pega.
põe antes do mundo, pra ver como é que fica, experimenta
aninha eles um pouquinho, pode colocar suas cortinas, se você quiser
tira essas lentes de aumento se te assustarem, veste óculos colorido.
eu não te alcanço aí do outro lado, é verdade, o mundo é cheio de vazios.
mas eu te empresto meus olhos se você quiser, toma.

domingo, 21 de setembro de 2008

'Eu louvo a Dança,
pois ela liberta as pessoas das coisas,
unindo os dispersos em comunidade.
Eu louvo a Dança
que requer muito empenho,
que fortalece a saúde, o espírito iluminado
e transmite uma alma alada.
Dança é mudança do espaço, do tempo,
do perigo contínuo de dissolver-se
e tornar-se somente cérebro, vontade ou sentimentos.
A Dança requer o homem libertado,
ondulado no equilíbrio das coisas.
Por isso eu louvo a Dança.
A Dança exige o homem todo ancorado em seu centro
para que não se torne, pelos desejos desagregados, possesso de pessoas e coisas,
e arranca-o da demonia
de viver trancado em si mesmo.
Ó homem, aprende a dançar!
Caso contrário, os anjos não saberão o que fazer contigo.' - Santo Agostinho.

sábado, 13 de setembro de 2008

{A insensatez que você fez, coração mais sem cuidado. fez chorar de dor o seu amor, um amor tão delicado. ah, por que você foi fraco assim? assim tão desalmado. ah, meu coração, quem nunca amou não merece ser amado. vai meu coração ouve a razão, usa só sinceridade. quem semeia vento, diz a razão, colhe sempre tempestade. vai, meu coração, pede perdão, perdão apaixonado. vai porque quem não pede perdão não é nunca perdoado.} Vinicius de Moraes

toca quando a gente percebe o tamanho da insensatez e da falta de cuidado, e da falta de sentido, e da falta mesmo. falta é bem ruim de sentir, pior que a saudade eu acho.

eu gosto muito mesmo das palavras e até acho que o simples engolir dois dedos de orgulho sem gelo, respirar fundo e pedir desculpa sem jeito e sem justificativas estranhas, só com a sinceridade, já tem alguma coisa de ternura. acontece que ternuras internas não conseguem ser suficientes pras pessoas mais indeléveis da nossa vida.
acho que sempre que o amor é grande demais essas pessoas merecem mais da gente. é tão engraçado e gostoso como o mundo parece tão perfeitinho dentro de um abraço, e o que que a gente anda fazendo pra deixar o mundo maior um pouquinho mais do jeito perfeitinho, do jeito que quem te faz sentir assim merece que seja?

pois é, essa ternura que é do tamanho do amor, que consegue aninhar o mundo inteiro como se fosse filhote, vai dar conta de encher as bolinhas de sabão que te procuram, com qualquer coisa tão preciosa que valha a pena.
pérolas macias que te aconchegassem sem explicação, no seu esconderijo.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

status

camilaemboava está dialética. (via Buddypoke, é claro.)

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

pousou lentamente o copo na mesa, perdeu o olhar um instante entre os carros que não passavam, não me olhou nos olhos em seguida.

quis acenar pra um conhecido qualquer, o conhecido não estava. pediria ao garçom dois dedos de coragem sem gelo, se o garçom existisse na cena. levantei pra ir ao banheiro. te olhava de longe e de tão perto que estava era como se essa distância, presente pela ausência, fosse o abismo.

suspirou, passou os dedos pelo guardanapo. ninguém gosta de anunciar o fim da primavera. olhou em volta, como quem mostra, "nenhuma flor nos meus olhos, vês?"

não via. o amor é cego e não aprendeu a ler braile nas linhas da mão.
mas o vento, maior clichê da cena, nunca assobia mentiras. e o abandono das borboletas congeladas pelo caminho era tamanho, que eu quase entendi o silêncio: flores de plástico não morrem.

domingo, 31 de agosto de 2008

uh.uh.uh.uuuuh

a bateria acabou, mas eu ainda tinha tanto pra dizer.
mudei de sofá como um nômade, alcancei a tomada como um alpinista e perdi o assunto, como um pássaro.

era muita coisa, acho que hoje acordei meio pedinte.

a verdade é que eu só queria pedir que a primavera voltasse. há muitas gerações de borboletas tristes que não conheceram rosa nenhuma, só árvores desfolhadas e o árido do inverno, a primavera se foi.
eu hoje acordei cansada de contar borboletas vazias, o vento cansado assobiar suplícios, até as nuvens já se cansaram dessas vestes cinza.

tomara que as bolhas de sabão que eu soprei hoje te encontrem no seu esconderijo.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Baseado em fatos reais

tava mais bobo que banda de rock, que um palhaço do circo vostok. mas ontem eu recebi um telegrama. era você de aracaju, ou do alabama,dizendo:
-nego sinta-se feliz. porque no mundo tem alguém que diz que muito te ama, que tanto te ama, que muito te ama, que tanto tanto te ama.
por isso hoje eu acordei com uma vontade danada de mandar flores ao delegado de bater na porta do vizinho e desejar bom dia, de beijar o português da padaria.

de Telegrama- Zeca Baleiro.

te amo muito, john! muito. x)

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Pausa para levitação.

- xeque.

não que seja uma pequena notícia, essa cabe nos grandes jornais, mas não podia faltar nas minhas histórias.

não, senhor, não sumiu. e mesmo que alguém ache pouco, migalhas de vontade mendigadas por susurros ardis, e mesmo se a hora não souber ser feita, tomara que saiba, mas mesmo se não souber, não há mais sono pra velar. olhos abertos. pode ir embora e leva seus braços de estivador.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

pra seis tigres famintos.

eu queria escrever alguma coisa tão sincera, certa e bonita quanto gotas de orvalho antes das seis. não vai dar. mas parece que já tinha sido escrito, e não foi o chico dessa vez :


Sabe, acho que ninguém vai entender. Ou, se entender, não vai aprovar. Existe em nossa época um paradigma que diz: enquanto você me der carinho e cuidar de mim, eu vou amar você. Então, eu troco o meu amor por um punhado de carinho e boas ações. Isso a gente aprende desde a infância: se você for um bom menino, eu vou lhe dar um chocolate. Parece que ninguém é amado simplesmente pelo que é, por existir no mundo do jeito que for, mas pelo que faz em troca desse amor. E quando alguém, por alguma razão muito íntima, pára de dar carinho e corre para bem longe de você? A maioria das pessoas aperta um botão de desliga-amor, acionado pelo medo e sentimentos de abandono, e corre em direção aos braços mais quentinhos. E a história se repete: enquanto você fizer coisas por mim ou for assim eu vou amar você e ficar ao seu lado porque eu tenho de me amar em primeiro lugar. Mas que espécie de amor é esse? Na minha opinião, é um amor que não serve nem a si mesmo e nem ao outro.
Eu também tenho medo, dragões aterrorizantes que atacam de quando em quando, mas eu não acredito em nada disso. Quando eu saí de uma importante depressão, eu disse a mim mesma que o mundo no qual eu acreditava haveria de existir em algum lugar do planeta! Haveria de existir! Nem que este lugar fosse apenas dentro de mim... Mesmo que ele não existisse mais em canto algum, se eu, pelo menos, pudesse construi-lo em mim, como um templo das coisas mais bonitas que eu acredito, o mundo seria sim bonito e doce, o mundo seria cheio de amor e eu nunca mais ficaria doente. E, nesse mundo, ninguém precisa trocar amor por coisa alguma porque ele brota sozinho entre os dedos da mão e se alimenta do respirar, do contemplar o céu, do fechar os olhos na ventania e abrir os braços antes da chuva. Nesse mundo, as pessoas nunca se abandonam. Elas nunca vão embora porque a gente não foi um bom menino. Ou porque a gente ficou com os braços tão fraquinhos que não consegue mais abraçar e estar perto. Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai. A gente fica e faz um jardim, um banquinho cheio de almofadas coloridas e pede aos passarinhos não sujarem ali porque aquele é o banquinho do nosso amor, o nosso grande amigo. Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a quantos anos, não sei, ele pode simplesmente voltar, sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas.
No mundo de cá, as relações se dão na superfície. Eu fico sobre uma pedra no rio e, enquanto você estiver na outra, saudável, amoroso e alto-astral, nós nos amamos. Se você afundar, eu não mergulho para te dar a mão, eu pulo para outra pedra e começo outra relação superficial. Mas o que pode ser mais arrebatador nesse mundo do que o encontro entre duas pessoas? Para mim, reside aí todo o mistério da vida, a intenção mais genuína de um abraço. Encontrar alguém para encostar a ponta dos dedos no fundo do rio - é o máximo de encontro que pode existir, não mais que isso, nem mesmo no sexo. Encostar a ponta dos dedos no fundo do rio. E isso não é nada fácil, porque existem os dragões do abandono querendo, a todo instante, abocanhar os nossos braços e o nosso juízo. Mas se eu não atravessar isso agora, a minha arte será uma grande mentira, as minhas histórias de amor serão todas mentiras, o meu livrinho será uma grande mentira porque neles o que impera mais que tudo é a lealdade, feito um Sancho Pança atrás do seu louco Dom Quixote, é a certeza de existir um lugar, em algum canto do mundo, onde a gente é acolhido por um grande amigo. É por isso que eu tenho de ir. E porque eu não quero passar a minha existência pulando de pedra em pedra, tomando atalhos de relações humanas. Eu vou mergulhar com o meu amigo, ainda que eu tenha de ficar em silêncio, a cem metros de distância. Eu e o meu boneco de infância, porque no meu mundo a gente não abandona sequer os bonecos que foram nossos amigos um dia.
Agora em silêncio, tentando ensinar dragões a nadar.

Agora em silêncio- Rita Apoena
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Enquanto isso no lustre do castelo, não sumiu não, senhor. a gente não vai mais brincar de esconde-esconde. eu sei que os avós apanharam tanto e foram tão desmoralizados que os pais resolveram nascer um pouco cegos, ou um pouco mudos. e agora você ri e acha que a gente, filhos da cegueira e do silêncio, nascemos com as mãos amarradas por uma corda invisível, senhor. mas enquanto você ri e acha graça da nossa imobilidade, a gente ri muito mais. o motivo eu não conto, senhor. o motivo é como a roupa do rei naquela historinha de escola, lembra? só os inteligentes conseguem enxergar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

eu te amo como nunca amei ninguém
acho que é por isso que erro tanto,
como quando a gente olha a receita mas não sabe direito e exegera na medida das coisas, ou mexe pro lado errado, ou queima um pouquinho.
na verdade eu sei que a gente não combina em quase nada, atum com mel nunca foi a combinação mais indicada pra afzer dar certo a receita de viver um grande amor e é quase impossível que a nossa receita seja promovida a banquete sério, atum com mel serve, no máximo, pra ser bagunça de sábado a tarde.
mas, sabe, eu não desaprendi a te chamar em silêncio, nem deixo de te enxergar de olhos fechados, se eu vejo sorriso com ternura de estrelas eu já sei pra quem que elas tavam olhando lá de cima.
e eu não vou te perguntar nada, porque passageiro não sou, nem o mendigo. quando eu penso em alguém, só penso em você.
tem mais de três gerações de borboleta que eu tento dizer, mas não sei explicar. hoje um casulo de borboleta na reitoria me lembrou que não tem explicação
eu te amo
como nunca amei ninguém.

domingo, 10 de agosto de 2008

- tarefa

era pra escolher uma verdade qualquer e defender, como se tivesse muito perigo, como se ela pudesse ser raptada por alguém e sumir pra sempre. e ainda era pra defender de mãos atadas, com 1800 toques no teclado.
mas a verdade é que eu não gostei muito da idéia não, nem as minhas verdades. é que elas moram tão dentro, tão dentro e são segredo, seu moço. e eu tenho um acordo com elas, não as coloco pra fora pra não correrem perigo . lá fora elas poderiam se perder mesmo e virar mentiras, suposições, frases banais. aqui dentro ainda não ficou tão escuro.
então eu vou defender minhas verdades nesse seu texto de 60 toques por linhas. vou pegar uma mentira, ou uma suposição, ou uma coisa banal e travestir de verdade pra você transformar em número depois, é o jeito.
e minhas verdadeiras verdades vão continuar aqui dentro, ternas, internas, silenciosas, indizíveis.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

e eu agora não vou fingir que não sei sobre as regras de sala de espera.
não quero cantar futuros amantes, não vou trocar em miúdos.
talvez eu converse com as nuvens em silêncio, enquanto espero que o tempo me ensine, de novo, a me aproximar de um passarinho.

domingo, 3 de agosto de 2008

amor


essa coisa de vida é engraçada-estranha. parece que vem devagarzinho a humanidade.

e quando a morte não vem de sopetão, desafiando toda a vida que sobra, a própria vida parece que vai se esvaindo, em ritmo de poesia antiga, calma, eternamente fugindo, como se fosse aviso. como se ela transformasse a gente em bebê de novo, ao contrário, só pra dizer que não é nada pessoal não, que ela até queria ficar mais, mas se até o pra sempre acaba..

é por isso que eu seguro a sua mão com cuidado, que eu te ouço e quase entendo, que eu te olho com abrigo : não precisa ter medo e nem chorar, a gente fica, e um pedacinho doce seu, pra sempre sem acabar.

sábado, 2 de agosto de 2008

nuvem no aviãao.


agora faz tempo que eu voltei já, parece que nem tem mais graça contar das coisas de lá. mas sobre portugal vou ter que falar sim.

é lindo de causar lirismo desmedido, no mp3 imbutido só dava fado tropical, enquanto na rádio de lá mesmo tocava marisa monte e caetano veloso. praia linda demais a de oeiras, água friia, mas praias de areia e pedra. o povo de lá é muito legal também, na verdade nem sei se são legais ou se eu é que tive sorte de encontrar gente legal por lá, só fiquei cinco dias né.. mas lá é bem diferente do resto, parece mais com a gente *.*

pra portugal um dia eu volto sim, certeza x)


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enquanto isso no lustre do castelo,

outra vez (8)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

entre parênteses (e suspiros mudos)

( talvez você também me tenha guardado aí dentro, talvez também tenha pensado em mim e quando fosse dormir tenha abraçado o travesseiro e maldito a distância, e quando ouvisse uma música bonita tenha atravessado o mar com o pensamento.
Daí eu chegaria meio de mansinho, contaria das coisas lindas que vi, deixaria você saber, só pela bobeira dos meus olhos brilhantes, que de tudo tão lindo que vi, nada conseguiu ser mais lindo que você.
E te daria minhas mãos pra você lembrar, pra você ler nas linhas da minha mão a nossa história. pra gente se reconhecer. como cegos no escuro, lendo em braile a nosso amor escrito nas linhas das mãos.
Como como cegos ciganos no escuro, lendo o nosso destino em braile nas linhas das mãos.
E se coubesse, e tomara, a gente escrevia. mais um capítulo, como escritores cegos no escuro, escrevendo em braile o amor nas linhas da mão. )

sexta-feira, 25 de julho de 2008

feliz niver maae!


Nem sei desde quando te amo, parece que nasceu comigo, como se fosse parte. e deve ter nascido mesmo, que eu te encontro aqui dentro de mim de vez em quando, que eu te sou um pouco às vezes sem querer, como se tivesse explicaçao.

Eu fico pensando se nesse mesmo dia, há uns anos atrás, quando você nasceu o meu nascimento também tava já tava maquinado, se já tava escrito que eu ia ser parte inteira sua. Nao sei. Só sei que desde quando eu te escolhi lá de cima, quando eu ainda era um pinguinho de luz, eu te amo incondicionalmente ou mais.

Pro seu ano-novo eu te desejo tudo de melhor, leveza, tranquilidade, boas aventuras, amigos.. tudo de melhor que eu tenho na minha vida e que faz valer a pena eu te desejo em dobro, sei que só tenho pq você existe, pq sou sua parte inteira e vc minha, sempre. E quem pode soprar vida, quem pode ser exemplo, quem pode ser porto-seguro pra um pesadelo de madrugada pode tudo mae.

Parabéns pelo aniversário, pela sua vida, pelas outras três vidas que só vivem graças a sua.

Te amo muito muito muito!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Edna e Machlo


Hoje eu compus a música mais linda que podia em silêncio de ternura, único instrumento que aprendi a tocar.

Foram dois barquinhos de papel que sobreviveram aos monstros do oceano, duas estrelas riscando o véu negro de céu, duas flores que nasceram corajosamente entre as rochas.

Foi gratidao tao grande, tao grande, que aqui dentro só conseguiu caber no lugar da esperança.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

paaarque x)

os parques daqui sao muito legaaais! :)
ontem fomos ao juan carlos I, andamos de trenzinho, subimos na teia, fizemos cambalhota na grama, voltamos a pé pra casa cantando. x)

no mp3 imbutido: bye bye brasil, chico buarque.
no videozinho: uma cambalhota, duas cambalhotas, bravo bravo (8) ps.: quase nove da noite e esse sol O.o



segunda-feira, 7 de julho de 2008

bloquinho de viagem.


chega perto,
me deixa escrever mais um poema de amor
nas linhas da sua mao?

sexta-feira, 4 de julho de 2008

e coisa e tal


Hoje ballet imperial russo, ui! x)

com direito a fotos micosas no teatro :D

huahauhahua


sobre viajar aqui, é tanto lugar pra ir que eu tô parecendo criança em vitrine de loja de doces.


e eu que sempre gostei demais de jazz, que cresci ouvindo choro, que se tivesse nascido música ao invés de ter nascido gente, seria bossa nova com toda a certeza do mundo,

vou ter que me traduzir em polca hoje :


Donde estas ahora cuñataí
Que tu suave canto no llega a mi (8)

cantado em coro, com oito violoes, daquele jeito que aperta um pouco.
na foto: o melhor brinquedo do parquinho, quase tao bom quanto montanha russa *.*

quarta-feira, 2 de julho de 2008

dia internacional da iara. :DD

hoje é dois de julho
e é sóooo da iara xDD
e a neném nao é mais neném, de novo.
a cada ano que passaa ela fica mais velhaa (8)
a cada ano que passa ela fica mais indelével e mais essencial pra mim também, ênfase no essencial causado pela distância,

parabéeens parabéeeeeeens!!! =DD

te amo muitooooooo!

terça-feira, 1 de julho de 2008

por mares nunca dantes navegados. *.*


Tanto tempo sem postar, nao sei nem por onde começar. (e rimou x)

Fui pra alemanha na semana passada, passei cinco dias em Berlim quase por acaso. Foi a semana mais estranhas da minha vida, e uma das melhores *.*

O engraçado é que quando eu vim pra cá tinha muita vontade de conhecer portugal, frança, itália, inglaterra.. mas nunca tinha pensado em conhecer Berlim. daí berlim chegou tao de repente e antes que eu dissesse nao se instalou feito um poceiro dentro do meu coraçao. só sei que foi assim. nao que a cidade seja tao florida e cheia gente arrumada quanto madri, nao que tenha aquela carinha de interior e o jeitinho de praia de torrelavega, nem o jeito de campo grande (aquele jeito de é a melhor pq é a minha), nao que seja infinita como sao paulo, nem que tenha paisagem de bossa como o rio. Berlim é diferente, mais diferente que as outras que já sao bem diferentes entre si. Berlim tem um ar de presente, eu disse história antes, mas é presente.

Nao sei explicar direito como é. me apaixonei. Berlim, assim.

e andei cantando alto sem vergonha naquelas ruas, conheci gente de um monte de lugares, tomei café, tive um monte daqueles diálogos de filme em inglês x)

*.* aham, brilharam os olhos.



domingo, 22 de junho de 2008

22 de junho *.*

E como não dava preu estar aí no seu aniversário mas eu preciso te dar parabéns e te agradecer muito mesmo por você existir,
i hope you don't mind that i put down in words how wonderfull life became when you came to this world (8) uahuahauaha
x)
eu te amo e amo ter vc na minha vida,
por todas as viagens, desabafos, pizzas, cinemas, dormidas, tudo que a gente passou juntas o/ :D
pelo seu brilho de fada, brilho pessoal, né gata!
por tudo o que você é (até a chatice, pq afinal eu te amo inteira e por inteiro),
e é brega e clichê mas é verdade, te amo até pelo que eu sou quando eu tô com você :)

parabéeeens parabéeeens (8)

:*

quarta-feira, 18 de junho de 2008

hasta la vista, babys =D


as minhas notícias sobre a viagem esperam. depois eu conto sobre as viagens que já acertei por aqui, que tô indo pra praia amanha. depois eu conto sobre a minha saudade imensa, sobre o amor que eu carrego agora literalmente pra todos os lugares. que tudo espere.

preciso antes falar de uma coisa mais urgente. futebol.

gente, o que tá sendo a seleçao nas eliminatórias? a gente sempre tá na copa, tá? condiçao pro país existir, faço questao. e faço mais questao ainda de ganhar dos hermanos hoje.

entao vaaaaai Brasil =DD

pronto, só isso x)


amanha vou viajar, nao sei como vai ser pra usar internet, entaao

hasta pronto, besos!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

domingo no parque.

Ontem foi um dos dias mais divertidos da viagem até agora x)O parque do retiro é imenso, uma imensidao de grama, lagos, africanos tocando percurssao, sul-americanos tocando flauta, tem lago com pedalinho, tem lago dos cisnes, palácio de cristal, roseira, leao voador, ponei, cachorro, teatrinho, exposiçao de pintores ingleses da época romantica. Amei, ameei !
Na volta showzinho dos 'melocos' por acaso, quando a gente chegou eles tavam tocando i'll be there for you (essa é pro joao) xD
E pra fechar com chave de ouro, claro..uhauahuahauhauhuanao é que eu quisesse comer sanduíche, mas era o último dia da promoçao das xícaras e tal.. 8-)

Beijo só pra quem eu amo demais hoje :*

no videozinho parabéns em portunhol pra paulinha e o rodrigo.

domingo, 15 de junho de 2008

jogar peteca. x)


tô indo prum parque agora. tomar sol na grama, olhar as flores, ler, tirar foto, subir na árvore, fazer piquinique, encher a garrafa na fonte, tomar tereré no vlho mundo, rirde quem passar, sorrir pras criancinhas cor-de-rosa, ouvir música.

Ser flor, amor.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

pausa.

só dá você,
entao

pausa pra um suspiro.


-ai aai x)
:*

peguei uma gripe espanhola aqui, viu! que pelamoor! =/

hoje viajei pra toledo, sanduíches na mochila e passamos o dia lá x) a cidade é muito linda, toda antiga. um atigo bem diferente de ouro-preto, um antigo do tempo de castelos e muralhas, muita influência muçulmana e judia, até entrei numa sinagoga pra conhecer x) entrei sozinha e fiquei sozinha lá, imaginando que podia morar um deus ali. foi bem bom :D

o ruim é que a cidade é cheia de ladeiras e eu só tô conseguindo respirar pela boca, entao deu um pouco de trabalho andar no sol.

na estaçao de trem, voltando pra madri, tinha dois portuguesinhos liindos correndo e brincando, daí chega um brasileirinho de dois anos tbm com uma bola, virou festa, a estaçao inteira parou pra olhar a brincadeira uhauhauahuahu, segundo a mae portuguesa 'a melhor seleçao do mundo contra a mehlor seleçao da europa' *.*



e os espanhóis resolveram fazer greve O.o e agora nao tem comida no mercado! vim pra europa passar fome, ó vida! uhauahuahuahua



na foto que eu tirei escondida, prateleira vazia no supermercado O.o

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Seguro viagem, seguro saúde.. eu devia ter comprado é um seguro saudade.

Ontem eu e a pauluxa pegamos o metro errado e aproveitamos pra ir ver o jogo da espanha no telao na praça colombo, chegamos no ultimo minuto e teve gol, eles enlouquecem O.o e sujam a praça mais que a gente. muito nojento. até poste de luz eles derrubaram ¬¬. mas o grito de guerra é ótimo, a caaaara deles o/ e foi muito engraçado =DD

o resultado?

dá iguaaaal dá iguaaal dá iguaal (8) uhauahuahuahuah

{o videozinho é na frente do museu do prado, em algumas horas do dia sempre tem atistas na rua, tocando, fzd estátua viva x) isso é uma das coisas mais lindas daqui *.*}

Beijo colado assim, calado assim, beijo de bossa-nova que é pra acabar com esse negócio de você longe de mim.

terça-feira, 10 de junho de 2008


ontem eu escrevi aqui, mas o blog apagou, nada feito. o assunto ficou velho, nao repito histórias de meia.

hoje eu visitei os correios x)

e tô saindo pra estaçao pra prcurar passagens pra onde (pra onde?) pra onde o vento soprar, ora. uhauahuahuha

mentira paai, temos quase tudo planejado, vamos escolher a melhor rota :D


Beijo :*

domingo, 8 de junho de 2008

comosefossesonhocomosefosseverdade


mae:

-aí tem coisas que você nunca imaginou, filha?

eu

-tem sim, mae. mas fico mais impressionada com as coisas que eu já imaginava e nunca pensei que veria de perto. *.*


Antes de ontem fui ao museu do prado e vi uma exposiçao de Goya, 'tempos de guerra', no começo fiquei meio encucada por nao entender todos os títulos bem direitinho, daí descobri que nem precisava, os quadros falam, ou cantam, ou gritam.

Ontem vi Guernica de Picasso ao vivo O.o aquele que eu vi pequenininho em todos os livros de artes na escola, que é do tamanho de uma parede e ontem tava assim na minha frente, pertinho (nao tao pertinho pq ficam dois guardas do lado dele, e tem um sensor de mivimento que apita se a gente chega muito perto uahauhahau). Vi Salvador Dali de pertinho também, esse me deu um apertozinho na garganta, lindo demais x)

comosefossesonhocomosefosseverdadecomosefossesonho.


a foto é no palácio real mais enorme e lindo do ue eu consigo explicar, lindo mesmo *.*


Beijos de saudade :*

quinta-feira, 5 de junho de 2008

¿holá, qué tál?

Você provavelmente já me conhece, entao vou pular essa parte e apresentar o blog. x)
(especialmente pra mamae) blog é como um diário virtual, posso postar um texto por dia. Vou fazer deste meu diário de viagem, contar minhas histórias de além mar. x)
nao reparem na pontuaçao, nas letras minúsculas.
nao reparem. que eu tenho mania de que, mania de tipo assim, mania de tipo sozinho, vício de neologismo.
nao reparem, que além disso tudo eu ainda corto palavra, invento de escrever em código de vez em quando. nao reparem nas sentimentalidades demais, que eu sofro de lirismo desmedido, principalmente quando a saudade aperta. daí acontece que pode ser que vcs venham aqui animados pra ler o que aconteceu no meu dia e eu tenha escrito outra coisa. daí acontece que vc veio aqui esperando encontrar um texto mirabolante e tenha só um 'daí', cheio de significaçao.
é meu segundo/terceiro dia aqui, já percebi muita coisa diferente, qualquer um teria, é muitoo diferente. mas as impressoes, narraçoes e descriçoes sobre a espanha vao ter de esperar mais um pouco. preciso primeiro desear cumpleaños feliche a uns alguéns que eu amo 'com toda a foça dos meus cílios'.

¡¡¡Jooooooohn feliz cumpleañooooos!!! eu te amo muito, muito mesmo :****
anyone else but youu (8) =DD

Vô e Rê nao vao ler isso nunquinha, mas também merecem feliz aniversário em espanhol
¡¡¡¡¡ feliz cumpleañooos !!!!!
e tudo de melhor que existir! xD
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sobre hoje o que importa é que nós fomos ao consulado perguntar se nao tinha problema estar aqui sem carimbo (só pediram o passaporte na frança, olharam disseram merci e pronto, na espanha nem pdiram.) falaram que tudo bem, a gente circula normal 'no pasa nada', entaao agora sim, to tranquila xD

hasta luego,
os hecho de menos! :*