sábado, 30 de janeiro de 2010

lua alta

Feito sem pressa, enquanto a lua tava alta. 'Esse foi o segredo'- disse.
E talvez tenha sido mesmo a falta de pressa, ou excesso de brilho, só sei que te fizeram bom mesmo. Iluminado de aliviar até o meu escuro do mundo naqueles dias em que a saudade tava mais grave.
Eu nem sei se são minhas lentes de aumento, mas ás vezes eu penso que até o escuro do mundo do mundo você podia iluminar um pouco. É que o mundo tem semeado muito vento por aí e tem colhido tempestade demais. Eu penso que você pode ser uma segunda chance, de plantar brisa e colher chuvisco bom.
Eu penso isso porque eu sou mesmo exagerada. Porque eu sei que o mundo nunca te disse sim, e nem não.. e aí você vai insistindo, sem saber se no final ele te expulsa ou te abraça de vez. Sem saber que Cartola é essa, ou se o mundo é mesmo um moinho. Mas final de príncipe é sempre feliz.

E um dia você me perguntou, sem rodeios, sem-vergonha que é : Will you be there?
E eu vou tá lá, sim, assim : I'll be there for you.

sábado, 9 de janeiro de 2010

no começo é um infinito pra dizer, aquelas coisas não ditas que palpitam, um tanto de barulho por dentro quando passa, um transbordamento. depois a gente vai se acostumando com as palpitações, com o desespero do coração nos reencontros (e nos desencontros, amor). a gente acostuma com o barulho das batidas, como as de uma reforma que demora mais do que o esperado.
a gente se habitua e já nem escreve, nem reclama. como se a própria inspiração pedisse: um minuto de silêncio pelo amor que morreu.

e dependendo do tamanho do amor o minuto pode se arrastar por horas e atropelar dias, noites, verões, uma eternidade.
até que a gente nem sabe se acaba muda.
ou se muda.