Dizem que quando os romanos entravam em solo inimigo, além de queimar tudo jogavam sal no solo, pra plantação nenhuma vingar de novo ali.
Sabe, alguns amores são romanos. É por isso que Paula nunca vai perder a altivez de escrava de guerra.
- Não é frescura romântica, é pura política. Nunca ouviu a música? O meu partido é o coração partido..
2 comentários:
Depois de ler esse trecho fiquei lembrando de uma professora feminista linda que tive o prazer de entrevistar e conhecer aqui em São Paulo para o projeto experimental da faculdade. Fui até o apartamento dela, ela estava para ter uma filhinha, o marido trabalhava no quarto enquanto a entrevista acontecia na sala.
Três anos depois a encontrei novamente em um cineclube feminista que se reúne uma vez por mês pra assistir a um filme e discuti-la sob a ótica de gênero. No final da reunião, pescando alguns depoimentos e algumas falas, me caiu a ficha de que ela estava casada com uma das palestrantes.
Logo de cara foi muito surreal pensar que a mesma pessoa que parecia ter uma vida estruturadinha, dessas que a gente acha vão durar pra sempre, tinha convertido totalmente todas as minhas expectativas. Mas depois pensei que esse pode ter sido o meio menos contraditório de continuar sua luta, parece ter muito a ver com todo o sistema que ela acredita e defende. Parece que minha admiração por ela multiplicou porque acho que é uma das pessoas que menos fica em cima do muro que eu conheço e faz isso com uma gentileza parecida com o São Jorge de porcelana que ela carregava no pescoço: “pra me defender de todo mundo que a todo momento deseja que eu não exista assim, do jeito que eu estou”.
lindo texto!ah, esses amores romanos..
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