domingo, 17 de abril de 2011

Eu sou a musa, digo, música

É, meus dedos andam ocos, gente. Enquanto isso, vai rolar empréstimo de olhos de outras pessoas.
Hoje a visão sou eu. Eu pelo olhar do Eduardo Lyvio, que me enxergou com uns olhos tão delicados e ternos quando escreveu essa música pra mim que eu fiquei, assim, comovida.
Tô louca pra conhecer a melodia e cantar do jeito que ele me viu cantando:

Eu vim na primavera
Como uma quimera
Uma esfera reluzente
Que se pôs sob o seu olhar


Eu vim como uma ideia
Pra uma canção
Desnecessária ao seu repente
Que se dispôs ao seu prosar


Eu sou a música
Não uma simples canção
Mas toda a música
Não as notas de um tom
Mas toda a música
Eu sou o seu violão, a sua voz


Eu cheguei aos seus ouvidos
Com os meus gritos sustenidos
Meus bemóis a soluçar


E num pranto descabido
Desafino os meus sentidos
Se for pra lhe ver passar


O meu riso é um improviso
Numa escala de outro tipo
Que eu ainda vou inventar


E assim, sempre imprecisas
Minhas canções, prosas e rimas
Trovões, trovas que vivo a cantar


Meus fás bemóis, mis sustenidos
Os meus sóis, minhas notas sem sentido
Minhas claves, minhas crases


Se eu desafino é pra conquistar
Seus imperfeitos ouvidos

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E se deu vontade de ver o Eduardo Lyvio Dudu com seus próprios olhos é só abrir a janela http://fermataclandestina.blogspot.com/

3 comentários:

João Carlos disse...

Gostei muitoo!!!
mais ainda das duas últimas estrofes
que fala das notas e claves!!
linda!!

Eduardo Lyvio disse...

=]

Gabriela Kina disse...

Linda!