quarta-feira, 30 de setembro de 2009

colgate total 12 professional whitening-

Alfredo, esse é meu último suspiro. Ninguém tem culpa, o mundo não para de girar mesmo, é assim. Pára pra gente quando o instante existe, pára ás vezes num abraço com acento porque o amor é agudo e grave.
Mas de repente se gira de novo e você percebe, tem mesmo é que ir junto. Ninguém gosta de ficar pendurado, Alfredo. É claro que nunca tem explicação, que acontece um i thought we were just begining and now you say we're in the past. É claro que esse giro novo me pegou de surpresa.
Mas ninguém tem culpa e não é desculpa, Alfredo, pra gente se odiar agora, pra se irritar, pensar que perdeu tempo, esquecer o quanto foi a coisa mais linda do mundo pra sempre, enquanto durou.
Agora fica uma casquinha, que é perdão, dizem. E a gente perdoa o tempo que errou. Fica pra sempre uma ternura aqui, uma ausência aqui, onde era amor.
Faço questão de ficar com a nossa trilha sonora, pode ficar com os filmes se você quiser. A antologia poética a gente doa pra uma instituição de caridade. Pode ficar com a nossa ex-futura casa na praia, eu quero o iate. Fica com o computador, que eu sei que você usa mais, eu levo o telefone.
Você leva a ternura dos olhares furtivos, leva logo vai. Eu fico com os suspiros mudos, não dá pra não ser.
Das nossas manias eu só quero os jargões de despedida, o chá antes de dormir. O resto a gente joga fora, é, acho que não serve pra ninguém. Eu quero o lago do jardim, pode ficar com a piscina e o tobogã.
O nome da filha a gente divide, a minha pode chamar Ana, a sua Maria, quem sabe até elas fiquem amigas quando crescerem sem imaginar que um dia foram a mesma pessoa nos planos que a gente não pôde escrever direito nas linhas das nossas mãos.
Os males cada um leva os que trouxe, Alfredo, e resolve. Preciso aprender a ser só.

Um comentário:

Anônimo disse...

Você realmente me mata Camila.