quarta-feira, 16 de setembro de 2009

curto circuito

Chuvisco arrumou sua trouxa e partiu de madrugada. Pegou carona com uma comitiva de cantores. Enfrentou os raios e relâmpagos de uma tempestade que se formou na estrada. Chegou. Tomou um copo de café na padaria da cidade. Pediu autógrafo de árvore famosa. Rodou pela cidade em busca dos artistas que dançavam na ponta dos pés. Encontrou pouso. Fez repouso.Andou nas margens do Taquari. Ajudou nos preparativos da festa. Riu um pouco dos exageros no palco. Virou do avesso com a beleza das danças que viu, com a beleza da espera de uma das bailarinas na beira da coxia inventada, com a beleza do ritmo que os pares de tênis levaram pro show. Tomou bebida viva e borbulhante, daquelas que se fazem de formiga dentro da boca. Assistiu à prova de montaria, oito segundos num colchão na vertical. Lutou contra baratas. Matou pernilongos. Se afogou no Taquari. Riu da vida. Tirou retrato.
E quando dormiu sonhou com os olhos da amada. Aqueles olhos castanhos de amêndoa da amada. Tão distantes, tão distantes, tão distantes. A meio metro dos seus.

3 comentários:

Ana Paula Saltão disse...

puutz... conheço bem essa lonjura!

;\

Anônimo disse...

tah apaixonada! ahuehuaehueh

Gabriela Kina disse...

amêndoas. formas. sons. distância... (suspiro) ah, distância!