Era uma vez, mentira. Era duas vez, três vez talvez, é.
Era tal vez ela que passava, uma daquelas mulheres que a gente jura que não ama porque a saia é pequena demais e se a gente precisa de uma saia pra se esconder debaixo quando o medo tiver gigante demais, o que é que a gente faz com essa saia de um palmo?
Era a tal vez e a mulher que passa, aquela, resolveu ficar.
Era talvez a primeira vez que ele via tão de perto uma daquelas. aparição de carne e osso. É claro que os olhos brilharam e que toda a breguice do mundo vinha agora pousar no ombro dele, fazendo carinho, falando de amor. E onde chovia antes ia fazer sol agora, e onde sofria antes ia agora fazer sentido.
Trocaram, durante três minutos e quarenta e dois segundos, tempo da música deles que não tocou e nem precisava, olhares de ternura, carícias telepáticas, juras mudas de arrepio e amor eterno.
A levitação se desfez logo no primeiro toque. Alguma coisa nela ardia demais.
Ia ser sempre lindo e mesmo quando a Amy cantasse I died a hundred times, you go back to her and I go back to blak, ia ter uma Elis pra retrucar Black is beautiful.
Mas só quando o tempo fosse bonzinho e ele deixasse de se sentir queimar sempre que encostasse nas marcas, ainda quentes, de outros braços no corpo dela, como se fossem tatuagens de abraços de ferro em boi. Quando o tempo de casulo passasse e ele aprendesse a voar, quando largasse de ser vaca, o babaca.
4 comentários:
Camila, venho lendo seu blog e tenho gostado. Resolvi deixar um comentário hoje pára dizer isto. Ainda que nem sempre eu vá comentar, estarei por aqui.
Saudações!
lindo texto pra variar
inspirador
bju!
sumida!
;D
Bruna, visitei seu blog em silêncio algumas vezes e tbm gostei :)
não dá pra comentar lá né?
Saudações!
Oi Camila! :)
Pois é, eu não liberei ainda os comentários lá. Mas fico feliz que você tenha me visitado e que tenha gostado!
Beijos!
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