sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

out!

Era uma vez, mentira. Era duas vez, três vez talvez, é.
Era tal vez ela que passava, uma daquelas mulheres que a gente jura que não ama porque a saia é pequena demais e se a gente precisa de uma saia pra se esconder debaixo quando o medo tiver gigante demais, o que é que a gente faz com essa saia de um palmo?
Era a tal vez e a mulher que passa, aquela, resolveu ficar.

Era talvez a primeira vez que ele via tão de perto uma daquelas. aparição de carne e osso. É claro que os olhos brilharam e que toda a breguice do mundo vinha agora pousar no ombro dele, fazendo carinho, falando de amor. E onde chovia antes ia fazer sol agora, e onde sofria antes ia agora fazer sentido.

Trocaram, durante três minutos e quarenta e dois segundos, tempo da música deles que não tocou e nem precisava, olhares de ternura, carícias telepáticas, juras mudas de arrepio e amor eterno.
A levitação se desfez logo no primeiro toque. Alguma coisa nela ardia demais.

Ia ser sempre lindo e mesmo quando a Amy cantasse I died a hundred times, you go back to her and I go back to blak, ia ter uma Elis pra retrucar Black is beautiful.
Mas só quando o tempo fosse bonzinho e ele deixasse de se sentir queimar sempre que encostasse nas marcas, ainda quentes, de outros braços no corpo dela, como se fossem tatuagens de abraços de ferro em boi. Quando o tempo de casulo passasse e ele aprendesse a voar, quando largasse de ser vaca, o babaca.

4 comentários:

Bruna Maria disse...

Camila, venho lendo seu blog e tenho gostado. Resolvi deixar um comentário hoje pára dizer isto. Ainda que nem sempre eu vá comentar, estarei por aqui.

Saudações!

Anne Durey disse...

lindo texto pra variar
inspirador
bju!
sumida!
;D

Camila disse...

Bruna, visitei seu blog em silêncio algumas vezes e tbm gostei :)
não dá pra comentar lá né?
Saudações!

Bruna Maria disse...

Oi Camila! :)
Pois é, eu não liberei ainda os comentários lá. Mas fico feliz que você tenha me visitado e que tenha gostado!
Beijos!