Seu mal era amar demais uma coisa. Sempre uma coisa só de cada vez, de um amor inteiro indivisível que não se sabe dosar, pende pra um lado, deixa o outro sem.
A primeira poesia que tinha aprendido na escola fora Ou Isto Ou Aquilo, da Cecília Meireles. Ou se calça a luva ou se põe o anel.
Não que não pudesse gostar de várias coisas, afeição tinha de sobra. Assunto principal é que era um de cada vez. Paixão é que era uma de cada vez. Talvez o coração seja mesmo do tamanho de nossas mãos fechadas (e ninguém, nem mesmo a chuva, tinha mãos tão pequenas.)
Pensava que se dois corpos não podem ocupar um só espaço, como poderiam dois espaços ocupar um só corpo?
É por isso que quando dançava tudo sumia, neblina que era a dança dela. Um dia teve que atar os braços e as pernas, pra ver o sol talvez.
3 comentários:
teu blog continua belíssimo! vim aqui dizer que vai fazer falta nas aulas,
e agradecer um pouco de lucidez no finalzinho da viagem. ahahaha!
beijinho
Eh... como sempre eu fico sem palavras neh... se nota que tu es Emboava... huahuahua
atterai eh a verificação de palavras... estranho neh?!
belo belo, dona bela
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